Uma longa reportagem do Washington Post descreve as diversas violações sofridas por comunidades atingidas pelas operações da empresa Vale S.A. ao longo da Estrada de Ferro Carajás. Destaca-se o drama das mais de 300 famílias do Piquiá de Baixo, atingidas pela poluição do pólo siderúrgico de Açailândia, Maranhão.
A organização e a militância da Associação Comunitária dos Moradores do Piquiá são descritas como "um novo radicalismo rural que faz uso da ação direta, da criatividade e da lei" para defender seus direitos. Descreve-se também a revolta e a mobilização de outros povoados, como Vila 21 de Maio ou Vila Concórdia, no Município de Buriticupu, ou a orgulhosa resistência dos quilombolas de Santa Rosa dos Pretos (Itapecuru Mirim).
Clique aqui para ler a reportagem de Dom Phillips, com fotografias de Bonnie Jo Mount.
NOTA
Depois de muitas batalhas judiciais, as 312 famílias do Piquiá conquistaram o direito a um reassentamento coletivo num terreno escolhido pelo Ministério Público a partir de exigências colocadas pela própria comunidade.
A USINA foi convidada a assessorar os moradores do Piquiá de Baixo em 2010, tendo realizado diversos encontros com a comunidade para discutir o projeto de suas casas – para as quais foram pensadas três tipologias distintas – e do novo bairro, que contará com um clube de mães e associação comunitária, mercado, creche, escola, centro esportivo, e um memorial das lutas do povo do Piquiá.
Mais informações sobre este processo estão disponíveis no texto "Reassentamento da Comunidade do Piquiá de Baixo" (clique aqui para acessar).